Mensagens sentidas

Tudo aquilo que fazemos com gosto e com amor, carinho e dedicação, fica sempre bem feito.

O bem mais precioso que podemos ter na vida, além da saúde, é o amor e a amizade. São coisas que dinheiro algum pode comprar.

A vida só vale a pena ser vivida junto de quem amamos e só faz sentido se pudermos aprender, crescer e evoluir sempre.

(Marta Alves)

terça-feira, 30 de abril de 2013

Empadão de Carne com Arroz


Olá amigas,

Em tempo de crise, onde todas as receitas de aproveitamentos são bem-vindas, hoje quero aqui deixar o empadão que fiz no domingo passado, em conjunto com a minha mãezinha, para aproveitar umas sobras de carne do Cozido à Portuguesa que ela tinha feito anteriormente.

Este tipo de aproveitamento de sobras de carne não é novo na casa dos paizinhos (como também não deve ser novidade para vocês), pois a minha mãezinha sempre aproveitou tudo ao máximo e nunca deitou fora comida que ainda estivesse própria para consumo. Por um lado porque sempre fomos pobres e como tal não havia muita fartura, por outro lado porque ela dizia (talvez pela educação católica) que é um pecado deitar comida fora quando há tanta gente no mundo a morrer de fome.

Eu concordo plenamente com essa ideia e é óbvio que acabei por aprender e adquirir esse hábito também na minha casa. E desde que comecei a cozinhar com alguma regularidade, que gosto de fazer aproveitamentos, pois permite transformar um prato que já não apetece comer novamente e dar-lhe uma nova ‘roupagem’ e até incrementar o seu sabor.
Por isso, de umas sobras de carne cozida e fria, já sem graça, surgiu este delicioso empadão de arroz (não aprecio o empadão feito com batata…)!


Fizemos assim:

Cozeu-se 1 chávena de arroz agulha com 3 chávenas de água, temperada com um caldo de carne. Não se deve deixar cozer demasiado, ou seja, não se deve deixar ficar em papa, pois ainda terá de ir ao forno.
À parte fez-se o molho béchamel com 2,5 dl de água e 2,5 dl de leite, 1 colher de sopa de margarina de culinária e 2 colheres de sopa de farinha. Levou-se a lume brando, mexendo sempre com uma vara de arames, até engrossar um pouco e temperou-se de pimenta, noz-moscada e cebolinho (não colocámos sal, porque a carne e o arroz já tinham).
Deixou-se arrefecer um pouco o molho e misturou-se com a carne (já picada ou desfiada, a gosto), ligando bem as duas coisas.
Num recipiente de louça própria para ir ao forno, colocou-se uma camada de arroz cozido, uma camada da mistura da carne com o béchamel e depois outra camada de arroz.
Por cima, tapou-se com 5 gemas de ovo (bem batidas) e colocou-se umas rodelas de chouriça a enfeitar.
Levou-se ao forno bem quente, até cozer e tostar um pouco o ovo e a chouriça.
Retirou-se do forno e serviu-se.

(Nota: acompanha muito bem com uma salada de alface ou agrião.)

Bom apetite!

Beijinhos e bons aproveitamentos :)


segunda-feira, 29 de abril de 2013

A Beleza da Natureza na Primavera

Olá amigas,

Para quem me segue com (alguma) regularidade já sabe que adoro a Natureza! Adoro o campo, as flores, as plantas e os animais.

Talvez porque cresci numa aldeia perdida no meio do campo, com muito verde à minha volta, onde o paizinho sempre teve uma horta e onde tive a sorte de ter alguns animais por perto, pois os paizinhos (ou os vizinhos) faziam criação de alguns deles, como por exemplo: galinhas, perus, pombos, codornizes, patos, coelhos e porcos. E ainda os animais domésticos: alguns cães e duas gatas.
Sempre me senti muito bem no campo e sempre tive uma grande ligação com a terra e os animais. 

Como este fim-de-semana fui à casa dos paizinhos, mais uma vez me maravilhei com as belezas da Primavera no quintal dos papás, que adorei ver e fotografar, e como tal não posso deixar de vos mostrar algumas delas (além das que já tinha mostrado aqui). 

Adoro ver os sinais que a Natureza nos dá, de que a Primavera já chegou e já cá está, finalmente!
Ora vejam, já a seguir.
Espero que gostem e apreciem tanto como eu :))

Estas são algumas das maiores riquezas que tenho a sorte de poder ter e admirar, e que dinheiro algum no mundo poderia comprar JJJ:

- A Videira já ‘rebentou’ e já tem umas uvinhas vingadas :)




- Um dos pés de Chuchu já está a começar a crescer


- As primeiras Rosas já floriram



- As Laranjeiras estão carregadinhas de flores, com o seu aroma inconfundível 



- A mais nova aquisição da casa: uma linda Oliveira, que já tem candeio


- A primeira colheita de Morangos. Lindos, vermelhinhos e bem docinhos!
Só aqui faltam 3, que a gulosa da Marta já comeu...
(então, tinha que os provar para comprovar que eram bons :))



- E por fim, mais um guardião do quintal (além da gatinha da vizinha), que de vez em quando nos vem visitar. Um gatinho lindo e muito mansinho, que eu desconfio que é modelo, pois adora fazer ‘poses’ para a câmara :)



E fotografei muito mais belezas, mas o post já está muito longo, por isso o resto ficará para depois…

Beijinhos primaveris e vamos aprender a ser felizes com o que temos de bom na nossa vida!

quinta-feira, 25 de abril de 2013

Panquecas de Cereais com pepitas de chocolate, Morangos e calda de Chocolate com Iogurte



Olá minhas queridas,

Estou de volta à Culinária J

Ontem comprei uns morangos muito vermelhinhos, brilhantes, lindos e muito saborosos.
Por coincidência (ou não) a Susy, do blog Tertúlia da Susy, convidou-me para participar neste passatempo que está a decorrer no seu blog:

O blog criador do projecto e o blog anfitrião desta edição é este mesmo: Tertúlia da Susy, sendo que depois em cada mês haverá um blog anfitrião diferente, que escolherá um outro ingrediente (acho que é assim, mas visitem o blog da querida Susy e leiam o regulamento, por favor, e já agora participem também!).

Bem, mas o convite não podia ter vindo em melhor altura :)
Ora como vocês já sabem eu adoro panquecas, mas também adoro morangos e chocolate, portanto nada melhor do que a junção destas três coisas para fazer uma bela receitinha (e bem saborosa) para participar no passatempo.
Eu sei que é uma coisinha simples, mas o resultado não podia ser melhor. Hummm, foi de comer e chorar por mais ;) (que gulosa que a Marta é…J)

É uma sugestão bem gulosa para um pequeno-almoço mais demorado (de fim-de-semana ou feriado) ou lanche ou até como sobremesa.

Experimentem e deliciem-se como eu ;)
Beijinhos doces e aproveitem bem este feriado cheio de Sol!




A receita das panquecas é aquela que já tinha colocado aqui antes:

- 1 ovo
- ½  chávena de flocos de arroz e trigo integral com pepitas de chocolate
- ½ chávena de farinha de trigo
- 1 chávena de leite
- 1 colher de sopa de açúcar (facultativo)

Colocam-se todos os ingredientes no liquidificador e bate-se bem.
Depois é só ir colocando um pouquinho de massa de cada vez numa frigideira anti-aderente bem quente, deixar cozer quase em lume quase brando (até a massa borbulhar), virar do outro lado e deixar mais um pouco até estarem douradas.
Colocar num prato, tapar para não arrefecer e reservar.

A calda é que fiz diferente: Aos quadradinhos de chocolate negro derretido no micro-ondas, juntei iogurte natural e fiz uma espécie de ganache de chocolate, mas com iogurte que é muito mais saudável do que as natas.
Servem-se as panquecas ainda mornas, com os morangos (depois de bem lavados e cortado o pé) cortados em fatias (ou pedaços) e rega-se com a calda de chocolate por cima, a gosto.

Agora é só degustar e apreciar um momento de puro prazer :)

Simples também são muito boas!
Outra sugestão de apresentação

quarta-feira, 24 de abril de 2013

Gorro de Lã para Adulto Verde-escuro

Olá minhas queridas,

Eu sei que já não é tempo de gorros, agora que o tempo já aqueceu um pouco e parece que a Primavera finalmente resolveu sair à rua, já não apetece nada ver e muito menos usar gorros de lã, mas mesmo assim não queria deixar de vos mostrar o meu primeiro gorro de tamanho adulto.
Só consegui terminar na semana passada (quando estive na casa dos papás), pois era para a minha mãezinha e ela tinha de experimentá-lo, para ver se já estava no tamanho certo :) 

Após ter feito uns pequenos gorros para o projecto Malhas de Esperança (https://www.facebook.com/MalhasDeEsperanca?fref=ts) e ter ganho alguma experiência neste tipo de trabalho, a minha mãezinha aproveitou logo para encomendar um para ela :) Escolheu e comprou a lã da cor que queria, deu-ma e disse-me que já que eu estava com ‘a mão na massa’, para continuar entretida e não perder a práctica, ela também queria um gorro para ela, mesmo que fosse só para usar no próximo Inverno :)

E eu não podia recusar um pedido tão insistente da mãezinha, não é verdade?

Então meti mãos à obra e até aproveitei para fazer um gorro igual a outro que eu tinha comprado há uns anos atrás, quando ainda nem sonhava que viria a dedicar-me ao crochet…
E não é que consegui? Fiquei mesmo orgulhosa de mim mesma! Eu sei que este é trabalhinho simples e pequeno, mas permitam-me um pouquinho de orgulho por conseguir este pequeno feito ;)

Para mim é extraordinário como depois de já ter alguma (pouca) práctica naquilo que faço, olhar para um trabalho já feito, perceber como é que ele foi feito e conseguir fazer igual sozinha, sem ter ninguém a ensinar-me como fazer (presencialmente ou em vídeo)!
Para mim isto já é um sinal de evolução e é muito bom sentir isso :))
Modéstia à parte, acho que até ficou mais bonito do que o original, mas isso é porque a lã é mais bonita, claro :)

Ora vejam como ficou. Garanto que ‘ao vivo’, depois de colocado na cabeça fica mais bonito, mas como não tenho manequim, tive de fotografar mesmo assim…

Beijinhos e bons trabalhos 


  


terça-feira, 23 de abril de 2013

Viva a Primavera (finalmente!) e as Flores do Campo!

Adoro a Primavera: o tempo de recomeçar, de sair 'do buraco', de ver e sentir o sol e ganhar novas forças!

É quando a Natureza acorda, as plantinhas brotam da terra, espreguiçam-se, procuram o sol e sentem o calorzinho ameno que se faz sentir. As árvores criam novos rebentos, as plantas florescem e as flores brotam.

É tempo de sair da hibernação a que o frio nos obrigou e acordar prá vida!

Apetece sair de casa e apanhar ar fresco, ar puro do campo, sentir o sol na pele a aquecer-nos naturalmente; os dias são maiores, há mais luz e até mais tarde, parece que temos tempo para fazer mais coisas. Apetece abrir as janelas e deixar entrar a luz e o ar fresco, arejar a casa, lavar as paredes que ganharam bolor com o frio e a humidade, apetece lavar roupa e por a secar ao sol e ao vento. Apetece passear no campo e ver os campos verdinhos e cheios de flores de todas as cores, sentir os seus cheiros, ver os passarinhos a voar, as andorinhas no seu voo inconfundível, parece que toda a natureza acorda do Inverno longo, frio e chuvoso e ganha novas forças com o sol que se faz sentir. Até a luz é outra e os dias parecem mais luminosos.

Sinto-me renovada na Primavera e com forças para começar um novo ciclo, uma nova vida!
Sim, porque eu acredito que é possível vivermos várias vidas dentro de uma só :)

Não sei explicar porquê, mas a verdade é que cada vez mais me apercebo do quanto estou ligada à Terra, me sinto em harmonia com ela e mudo com ela (não só na forma como me visto, mas também como me sinto).
No Inverno e nos dias pequenos, chuvosos, frios e cinzentos só me apetece hibernar, fechar-me no meu cantinho e não fazer nada, só comer e dormir L
Na Primavera já me apetece sair de casa, fazer actividades ao ar livre, no campo, estar em contacto com a Natureza, ver as flores, cheirar as rosas, ver e ouvir os pássaros a cantar, sentir o cheiro da terra e das flores J

Há uma magia especial na Primavera, no secar da chuva, no aquecer da terra… As plantinhas crescem e com elas cresce a minha vontade de crescer também e de fazer coisas novas!

O último passeio ao campo que fiz, sobre o qual falei aqui, inspirou-me bastante e fez-me ganhar novas forças. Por isso vou aproveitar a maré e começar a pensar nos novos projectos e nos novos trabalhos que quero fazer :)

E para vos inspirar também e transmitir boas energias, quero oferecer-vos as lindas flores do campo que vi e fotografei.

Beijinhos Primaveris, boas inspirações e bons trabalhos!











sexta-feira, 19 de abril de 2013

Bolo Inglês

Olá amigas,

Aqui está o bolinho de fim-de-semana que fiz na casa dos paizinhos, no domingo passado.
É um bolinho que já andava para ser feito desde o Natal, mas como acabámos por fazer outras coisas, assim como na Páscoa, ele foi ficando para trás… Agora como não havia nada de especial para fazer e a fruta cristalizada tinha de ser gasta (antes que eu a comesse toda à goludice J), finalmente lá saiu o belo do bolinho inglês!

É um bolo que não fica muito grande (acho que a forma era grande mais para a quantidade de massa), mas é bem fofinho e saboroso.
Eu sei que é apenas mais uma das muitas receitas deste bolo que deve haver por aí, mas para mim é especial, pois foi o meu primeiro bolo inglês :)
Espero que gostem.



São servidas?

Receita adaptada do suplemento de culinária O melhor da Cozinha Portuguesa nº. 67:

- 3 ovos
- 125 gr. de açúcar
- 125 gr. de manteiga derretida
- 125 gr. de farinha de trigo
- 1 colher de café de fermento em pó
- 1 colher de café de aroma a baunilha (não coloquei porque não tinha)
- 2 colheres de sopa de vinho do Porto
- 2 colheres de sopa de rum (substituí por aguardente)
- 150 gr. de frutos cristalizados
- 30 gr. de miolo de noz
- manteiga, farinha e amêndoa inteira sem pele q.b.

Bata as gemas com o açúcar e adicione-lhes a manteiga derretida, a farinha e o fermento em pó. Bata as claras em castelo e envolva-as no preparado anterior. Aromatize com a baunilha, o vinho do Porto e o rum. Polvilhe a fruta cristalizada (cortada em pedaços) com farinha e envolva-a na massa, juntamente com a noz.
Verta numa forma (previamente untada de manteiga e polvilhada de farinha), decore com amêndoa inteira sem pele (não coloquei porque não tinha), e leve ao forno já quente a cozer por 30 a 40 minutos (fazer o teste do palito). Desenforme o bolo morno e sirva.

Bom bolinho!

quinta-feira, 18 de abril de 2013

Passeio ao campo para apanhar Carrasquinhas

Olá minhas queridas,
Estou cheia de saudades vossas!!!
Já voltei à ‘civilização’ (lá teve de ser) e venho cheia de saudades de visitar os vossos cantinhos, ‘cuscar’ as novidades, retribuir o vosso carinho e com muitas coisinhas bonitas para vos mostrar :))

Hoje apetece-me mostrar-vos algumas das fotos de mais um passeio ao campo com os meus paizinhos, desta vez para apanhar carrasquinhas.
Carrasquinhas? Mas que raio é isso? Perguntam vocês :)

Pois bem, é isto:


Parecem umas simples ervas do campo e são plantas selvagens, efectivamente, mas que alguém descobriu (há muuuuuuuito tempo atrás) que são comestíveis. Só existem em determinadas zonas (parece que tem a ver com o tipo de solo e com as condições de humidade) e facilmente se confundem com outras ervas (não comestíveis), por isso, tal como acontece com os cogumelos e outras plantas selvagens, só devem ser colhidas por pessoas bem conhecedoras da matéria, para não se correrem riscos desnecessários de intoxicação alimentar ou mesmo de morte.


Estas plantas faziam parte da alimentação dos meus paizinhos (e dos pais deles, dos avós, e dos familiares anteriores…) quando eram mais novos, quando trabalhavam no campo e aproveitavam para as colher, por isso eles conhecem-nas bem.
Mais um conhecimento empírico, das pessoas da terra, aqueles saberes que se aprendiam com a experiência de vida e que passavam de pais para filhos.
Eles contaram-me que antigamente as pessoas conheciam muitas ervas do campo que eram comestíveis e, provavelmente porque a pobreza era muita e o tempo para cultivar uma horta (se a tivessem) não era muito (pois trabalhavam de sol a sol nos campos agrícolas dos patrões), então aproveitavam-nas para fazerem algumas refeições com elas.  
“A necessidade aguça o engenho” como diz o povo, e muito bem, e a verdade é que os alentejanos eram bem criativos nas comidas que inventavam. Penso que a vida que tinham era muito dura e nada fácil e, pelo que os meus pais e avó me contam, muitas pessoas eram muito pobres e passavam muita fominha, por isso tinham de se desenrascar de alguma forma…

E foi assim que, além de um belo passeio no campo, respirar ar puro, apanhar um solzinho maravilhoso, tirar bastantes fotografias à natureza, eu ainda aproveitei para conhecer mais uma ‘tradição’ da minha terrinha e também algumas comidas tradicionais alentejanas, que se fazem com estas ervinhas :)
Mas como o post já vai longo, mais à frente mostrarei algumas das comidinhas que a minha mamã me ensinou a fazer com elas.

Agora vejam como são as benditas das carrasquinhas: 

- Aqui acabadinhas de apanhar

- Aqui depois de 'ripadas' e limpas de picos













- Aqui já arranjadas e prontas a serem utilizadas
(mas só depois de bem lavadas, para retirar toda a terra que têm agarrada)




A seguir apreciem mais umas maravilhas da natureza, que adoro e não me canso de fotografar!
Beijinhos naturais